O desastre político, econômico e social da Venezuela 🇻🇪


A Venezuela, que já foi um dos países mais ricos da América Latina, hoje experimenta uma profunda catástrofe econômica, política e social que a levou a nação a uma situação de pobreza generalizada aliada a repressão política e privações até de alimentos. 

Essa transformação complexa é fruto de uma combinação de fatores históricos, políticos e econômicos dos últimos 25 anos no país.

Veja abaixou quais são as principais causas da crise:


Dependência do petróleo

Rica em petróleo, a economia venezuelana era extremamente dependente da exportação da principal fonte de energia do mundo. A queda nos preços do petróleo (em 2014), aliada a uma gestão inadequada dos recursos, gerou uma crise fiscal extremamente grave e que nunca foi tratada com seriedade pelos governos de Hugo Chavez e Nicolas Maduro.


Modelo econômico:

O modelo econômico socialista bolivariano implementado pelo governo de Hugo Chávez e continuado por Nicolás Maduro, caracterizado por forte intervenção estatal, fechamento da economia ao capital estrangeiro, estatização e expulsão de empresas estrangeiras e o controle de preços, provocou uma forte escassez de produtos básicos, inflação agressivamente galopante além do sucateamento das indústrias do país, desincentivando a produção.

Para se ter uma ideia, até supermercados já foram estatizados no país enquanto grandes redes de mercados já tinham fechados as portas anteriormente.


Crise política e centralização do poder: 

A centralização política nas mãos de Hugo Chavez que com o passar dos anos foi ficando cada vez mais forte politicamente dentro do país aliado a falta de diálogo entre o governo e a oposição impediram a implementação de reformas necessárias para superar a crise além de corroer toda a democracia venezuelana.

 Antes da bomba econômica estourar, Hugo Chavez gozava de grande popularidade e prestígio entre o povo venezuelano, o que lhe permitiu tomar para si e para o seu partido, o PSUV o controle absoluto das instituições do país.

Após o agravamento da crise, tanto Hugo Chavez quanto o seu sucessor, Nicolas Maduro perseguiram e mataram opositores sob o aval das instituições nacionais, agora sob o controle dos chavistas.


Corrupção e má gestão:  

Com uma forte centralização política nas mãos do mesmo partido era de se esperar haver uma forte corrupção generalizada alem de uma grave má gestão dos recursos públicos, o que contribuiu diretamente para o desvio de recursos, para a deterioração dos serviços públicos e na qualidade de vida do povo da Venezuela.


Consequências da crise:


Pobreza e miséria: Praticamente todos os venezuelanos que ainda residem no país vivem na extrema pobreza, convivendo com a falta de medicamentos, serviços básicos e comida.


Inflação: As políticas econômicas desastrosas de Chavez e Maduro provocaram uma inflação hiperinflacionária, o que desvalorizou a moeda local tornando os produtos básicos inacessíveis para praticamente toda a população sendo essa uma das principais razões da extrema miséria que os venezuelanos vivem hoje.


Êxodo em massa: Milhões de venezuelanos migraram para outros países (principalmente Colômbia e Peru) não só para fugir do regime ditatorial de Maduro como também em busca de liberdade e melhores condições de vida.


Crise humanitária: A crise econômica gerou uma grave crise humanitária, com falta de alimentos, água potável e serviços básicos de saúde. A ausência dos serviços de saúde no país chegaram a provocar casos de sarampo em Roraima além de uma série de pessoas desnutridas e em situação deplorável de saúde.


Instabilidade política: A crise econômica e social gerou instabilidade política e protestos sociais além de abusos e violências contra opositores do regime ditatorial chavista.

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